Ao ler o título da coluna, você deve ter imaginado que falaria do que os atletas comem, o que eles se permitem ou o que não consomem jamais. Não é esse, porém, o ponto. O atleta é também um ser humanos como nós, com desejos, vontades e prazeres.
O que separa um indivíduo mediano no esporte do que ganha as medalhas está alinhado com o que Aristóteles definiu como eudemonismo. É o princípio pelo qual o ser humano busca alinhar seus valores com suas conquistas. É aquilo que efetivamente nos faz seguir adiante quando os desafios surgem a nossa frente.
Um atleta de desempenho elevado, cientificamente, pratica seus movimentos, seus gestos, seus treinos, por pelo menos 10 mil horas. Isso quer dizer que ele conviveu muito mais tempo com a execução pobre e sem qualquer valor, que qualquer uma poderia ter feito, do que com uma execução perfeita, nota 10.
A procura pelo gesto correto requer energia para superar as inúmeras vezes de erros, dores, lesões e críticas (muito frequente nos tempos atuais) até alcançar o movimento preciso.
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Além dessa busca resiliente, os atletas possuem plano A, B, C e etc. Isso porque somos humanos e não máquinas, sofremos diversas influências de inúmeras origens e desdobramentos. Uma decepção amorosa, um ente querido que se vai ou eventos do tipo podem aflorar o hedonismo, a necessidade de nos presentear com prazeres que, se não bem compreendidos, nos distanciarão do objetivo final.
Assim é o processo de emagrecimento. Ele está sujeito às mesmas intercorrências dos atletas, e nossa determinação em seguir em frente será sempre motivo de revisão de princípios e metas. Para nos tornarmos medalha de ouro em qualquer projeto, nosso maior desafio é não ceder a tentação do atalho, do caminho curto que nos distanciará dos nossos valores.
Portanto, siga nos seus planos de emagrecimento como um atleta busca sua medalha. Permita o erro, permita o cansaço, porém não ceda à tentação de buscar seu objetivo em caminhos que não conduzam ao seu destino. Seja você um campeão dos seus projetos.
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