A alga nori, aquela que aparece com pompa na cozinha japonesa, tem um monte de fãs, mas se engana quem pensa que ela é a única representante da classe que pode enriquecer a dieta.
“As algas são alimentos completos. Podem ser ricas em proteína, carboidrato, fibras e compostos bioativos”, diz o engenheiro de alimentos Giustiano Tribuzi, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e líder de pesquisas na área.
“Fora da água, são extremamente perecíveis, por isso precisamos aprimorar secagem, desidratação e estabilização para aumentar seu consumo no país”, explica.
Embora menos frequentes nos pratos ocidentais, as algas estão na base da alimentação em países da Ásia, movimentando um mercado de mais de 19 bilhões de dólares em 2024. O Brasil pode seguir o exemplo.
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A revolução vem pelas águas!
O potencial das algas para as indústrias
Produtos à base de alga
Mortadela, camarão e até filé de peixe de alga: diversas empresas estão simulando alimentos com o ingrediente.
Rebanhos sem metano
Estudos investigam a ação de suplementos de alga vermelha, que podem barrar a formação (e liberação) do gás pelos bois.
Biofertilizantes
Algas já são a matéria-prima de ativos sem agrotóxicos, capazes de elevar a produtividade de plantações, em alguns locais do Brasil.
Corantes naturais
Quase 100% dos produtos com a cor azul no mercado se valem da spirulina, uma microalga. Vários corantes vêm delas!
Embalagens sustentáveis
Envoltórios para bebidas ou comidas feitos com material biodegradável de algas já são concebidos por startups.
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Não fazem milagres!
É preciso ponderar as vantagens das algas: uma grande revisão de 25 estudos que analisaram os benefícios para a saúde do consumo constatou que a maioria das pesquisas japonesas foi feita com pessoas com obesidade ou diabetes tipo 2, não com a população geral.
Além desse viés, o valor nutricional depende da água em que elas são cultivadas. Vale a pena incluir no cardápio, mas certifique-se da procedência.
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