A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reitera a proibição da fabricação, importação, comercialização e o uso em serviços de saúde de termômetros com coluna de mercúrio.
A resolução, publicada no Diário Oficial da União, na terça-feira, 24, também inclui medidores de pressão arterial, ou esfigmomanômetros, com a presença da substância.
Apesar da publicação recente, a Anvisa afirma em nota que a proibição existe desde 2017. “A resolução publicada ontem atende apenas a aspectos formais de edição/publicação de resoluções pela Anvisa. Em nada muda a regra que proíbe tais equipamentos.”
De acordo com a agência, a proibição é resultado da Convenção de Minamata, assinada pelo Brasil e mais 127 países em 2013. O acordo tem como objetivo eliminar o uso de mercúrio em diferentes produtos, incluindo equipamentos de saúde, como pilhas e lâmpadas.
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A ideia é proteger a saúde humana e animal e o meio ambiente de contaminações, pois a exposição ao mercúrio, em caso de vazamentos, pode oferecer riscos à saúde.
Produtos deste tipo são aquela versão mais clássica do termômetro, transparente, com uma coluna preenchida com mercúrio no meio e uma régua que marca as temperaturas.
Segundo a Anvisa, a exposição a 1,2mg do metal líquido, por apenas algumas horas, pode causar bronquite química e fibrose pulmonar. Existe ainda o risco de problemas no sistema nervoso central e na tireoide, em caso de exposição mais prolongada.
No Brasil, os produtos com coluna de mercúrio têm sido substituídos por outras tecnologias ao longo dos anos. As atualizações incluem principalmente versões digitais que apresentam a mesma eficácia.
Quem tem o artigo em casa, pode continuar utilizando normalmente os termômetros, com o devido cuidado no armazenamento e na manipulação, para que não ocorra a quebra do invólucro de vidro.
Na resolução, a Anvisa destaca que a proibição não se aplica aos produtos para pesquisa, para calibração de instrumentos ou para uso como padrão de referência.
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