Retornamos recentemente da 77ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em Genebra, na Suíça, inspiradas e energizadas pelos avanços e desafios discutidos em prol de uma maior equidade na saúde.
Participar desse evento, juntas, e ao lado de outros líderes globais, foi uma experiência única. Tivemos a oportunidade de participar de debates relevantes no contexto internacional. E ficou evidente que o mundo necessita de inovações que nos conduzam a outro patamar de acesso à saúde.
Fato: a solução para os problemas antigos não será encontrada em abordagens ultrapassadas. Precisamos de novas perspectivas, novas ferramentas e novas estratégias.
O diálogo é fundamental e existe uma percepção de urgência na necessidade de soluções concretas. A agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU, principalmente no objetivo 3 – “Garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos em todos idades” – serve como norte para a definição do propósito e para o que precisa ser feito.
Isso é muito poderoso em termos de clareza sobre quais os resultados e indicadores precisam ser atingidos. Ao final, a meta é uma só: garantir uma vida saudável para todos.
No entanto, por mais clareza que exista em relação ao propósito e ao que precisa ser feito, o grande gargalo está no “Como”: como implementar ações concretas que se traduzam em melhoria da qualidade de vida da população? Em nossa percepção, existe um distanciamento bastante acentuado entre as discussões e os projetos que efetivamente estão implementados e demonstram potencial de escala e impacto.
Embora não tenhamos a pretensão de afirmar que na nossa jornada encontramos todas as saídas para os desafios da saúde global, temos orgulho de ser parte das organizações que de fato implementam tecnologias inovadoras com impacto real. Agimos e aprendemos com a prática, incrementando nossas soluções com inovação, atuando em escalas cada vez maiores e validando nossos modelos assistenciais.
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Faz parte do desafio de implementação dessas soluções a necessidade de colaboração. Nenhum ator da sociedade vai resolver problemas complexos sozinho.
Acreditamos que o caminho seja aproximar soluções que funcionam localmente das instituições globais que podem dar escala a essas iniciativas. Projetos regionais que demonstrem impacto devem servir de inspiração à construção de estratégias e diretrizes globais.
Outro tema relevante no encontro foi a saúde digital como meio central para dispormos de maior equidade em acesso. Testemunhamos, com muito orgulho, o pioneirismo do Brasil nesta agenda. Embora ainda haja muito a ser feito, temos todos os recursos necessários para avançar. O desafio é grande, mas não impossível.
Refletindo sobre os últimos 15 ou 20 anos, percebemos como inúmeras pessoas contribuíram para que o Brasil se tornasse um país de referência em saúde pública, considerando a vastidão do nosso território e a existência de um sistema único de saúde, público, gratuito e universal. É gratificante ver grandes fundações e universidades internacionais se inspirando no modelo brasileiro.
A sensação mista de orgulho pelos avanços e de urgência para superarmos os desafios é um grande combustível para motivação no dia a dia. E é inspirador ver um diálogo mundial sobre o tema da equidade. A questão agora é transformar o diálogo em ação.
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