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Epidemia de ansiedade entre os jovens: banir celulares é…

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A ansiedade afeta todos as fatias da população, mas o crescimento entre jovens é notável. O pesquisador Jonathan Haidt, autor de Geração Ansiosa – Um Guia para Se Manter em Atividade em um Mundo Instável (Rocco) – Clique para comprar* é uma das principais vozes a responsabilizar smartphones e companhia pelo quadro alarmante.

Por isso, prescreve: celular, só após os 14 anos; e redes sociais, depois dos 16. Quanto ao tempo de tela, as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) são mais flexíveis: no máximo três horas por dia dos 11 aos 18 anos.

“Qual é o tempo ideal? O menor possível”, crava a pediatra Gabriela Crenzel, do Grupo de Trabalho de Saúde Mental da SBP. “Muitas vezes, as crianças se trancam no quarto e os pais não fazem ideia do que acontece lá dentro. Pensam que estão seguras. Mas não sabem com quem estão conversando ou o que estão fazendo.”

Não é por acaso que mestres do empreendimento tecnológico, como Bill Gates (Microsoft) e Steve Jobs (Apple), restringiam a seus filhos o acesso a celulares e dispositivos que ajudaram a criar. “Eles viciam nossas crianças”, diz Felipe Neto, um produtor de conteúdo digital que está ciente de que o consumo impõe limites.

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Haidt também recomenda a proibição de smartphones em sala de aula. O assunto divide opiniões, mas um relatório da Unesco aponta que um em cada quatro países já tem leis que impedem, parcial ou totalmente, o uso de aparelhos pessoais em escolas — o Brasil não integra essa estatística.

“Toda e qualquer forma de redução do tempo de tela é benéfica”, afirma Gabriela, citando os prejuízos à concentração e à socialização. Mas há quem contra-argumente que a tecnologia seria uma aliada do aprendizado. “Orientar é sempre melhor do que proibir”, diz o psiquiatra Ênio Roberto de Andrade, do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Instituto de Psiquiatria da USP. “A proibição pode encorajar crianças e adolescentes a mentir para pais e professores.”

E o que dizem os alunos brasileiros? Bem, quase metade deles admite que equipamentos eletrônicos distraem sua atenção nas aulas. A média global, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), é 30%.

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