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Febre oropouche é associada a microcefalia em bebês, alerta governo

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O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica alertando sobre o risco da febre oropouche em grávidas. Uma nova pesquisa apontou a presença do anticorpo da doença em quatro casos de microcefalia em bebês, sugerindo uma possível associação entre o vírus e essa malformação. Também há suspeita de um caso de abortamento ligado à infecção.

Todos os casos estão em investigação. Mas, caso a suspeita seja confirmada, isso colocaria o oropouche ao lado de outros problemas de saúde nos quais a gestante transmite a doença ao bebê através da placenta, gerando distúrbios congênitos. No passado, já se verificou microcefalia em função da presença da sífilis e do zika no corpo materno.

Em função disso, o Ministério reforçou a necessidade de se prevenir contra o oropouche, especialmente no caso de grávidas.

+Leia também: O que é a febre do oropouche, que deixa Ministério da Saúde em alerta

Como o risco de microcefalia foi identificado

A pesquisa que rendeu o alerta foi realizada pelo Instituto Evandro Chagas, a partir de amostras de soro e líquor na investigação da presença de determinados tipos de vírus em casos de microcefalia.

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As amostras dos bebês tiveram resultado negativo para infecções como zika, chikungunya e dengue. As mães tampouco tinham marcadores de outras doenças que poderiam causar essas alterações congênitas, como toxoplasmose e sífilis. Por outro lado, os bebês com microcefalia tinham anticorpos contra o vírus da febre oropouche, indicando uma possível associação entre a malformação e o contágio.

Segundo os pesquisadores, esse achado evidencia a existência de transmissão vertical do vírus entre mãe e bebê, mas ainda não confirma uma relação de causa e efeito entre o oropouche e a microcefalia — mais pesquisas são necessárias para cravar isso.

Mesmo assim, o risco já justifica a adoção de medidas preventivas redobradas no caso das gestantes.

Como se proteger da febre oropouche

As recomendações reforçadas para as grávidas valem para todas as pessoas quando o assunto é se proteger do oropouche. Por ser uma doença que tem os mosquitos como vetores, deve-se evitar frequentar áreas com excesso de insetos, cobrir o corpo quando possível, fazer uso de repelentes e mosquiteiros para mantê-los afastados.

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Medidas básicas de limpeza de ambientes e terrenos que podem servir como focos de reprodução dos insetos também ajudam a reduzir a proliferação dos mosquitos e a transmissão da doença.

A doença, até então restrita ao Norte, tem sido detectada em quase todo o Brasil. Até o início de julho, 7 mil casos foram confirmados no país, com transmissões acontecendo em 16 estados ou unidades federativas.

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