Entre as inúmeras opções oferecidas pela cirurgia plástica moderna, há um procedimento que modifica uma das áreas mais visíveis do rosto: a frontoplastia, a redução do tamanho da testa.
O procedimento reposiciona a linha capilar para alterar sua proporção em relação ao restante da face.
Para quem é indicado o procedimento?
A cirurgia tem fins principalmente estéticos, sendo indicada para quem se incomoda com essa parte do rosto mais alongada.
Para avaliar a simetria facial, o rosto é dividido em terços: o primeiro, superior, vai da linha do cabelo até as sobrancelhas; o segundo, médio, abrange da sobrancelha até a base do nariz; e o terceiro terço, inferior, vai da base nasal até o queixo.
O tamanho dessas três áreas deve ser equivalente, mas fatores como o formato do rosto — seja ele mais alongado ou arredondado — influenciam na proporcionalidade. Não existe, portanto, um padrão universal para todos os rostos, e sim as medidas ideais para cada indivíduo.
A frontoplastia também é procurada por pacientes com pele mais envelhecida, buscando suavizar os sinais da idade, especialmente na região das sobrancelhas. Em casos de lesões, como queimaduras ou tumores na testa, esse procedimento pode ser utilizado para reconstruir a área afetada, utilizando pele do couro cabeludo.
+Leia também: A cirurgia plástica no resgate da autoestima após o câncer de pele
Primeiro passo é a avaliação
Antes de qualquer cirurgia, o paciente precisa conversar com o médico responsável para alinhar as suas expectativas em relação ao procedimento.
Na primeira consulta, o especialista examina o rosto do paciente, conferindo as proporções faciais e o tamanho da testa, avaliando a viabilidade da frontoplastia. O profissional também observa a linha capilar, a forma do rosto e os terços faciais, para identificar como a cirurgia pode ser adaptada às características individuais da pessoa.
A linha dos cabelos do paciente que pretende realizar a frontoplastia deve ser mais baixa. No caso de linhas mais altas, o recomendado é implantar cabelo na região, para cobrir uma parte da testa. Outro fator importante é a elasticidade da pele. A cirurgia não é indicada para pessoas com pouca elasticidade ou com a pele fina.
Como funciona a cirurgia
A cirurgia é feita dentro de um centro cirúrgico hospitalar, com o paciente sob anestesia geral. O procedimento começa com uma incisão feita em zigue-zague na parte frontal do couro cabeludo com um bisturi.
Através dessa abertura, o cirurgião utiliza pinças para segurar e levantar a pele, enquanto afastadores são empregados para manter a área exposta, facilitando a visualização e manipulação dos tecidos. A pele é então reposicionada, puxando-a para baixo. Em seguida, é removido o excesso por meio de uma tesoura cirúrgica, reduzindo o comprimento da testa.
A operação tem duração média de 90 minutos e envolve apenas a alteração da pele, sem mudanças na estrutura óssea. Ou seja, o crânio do paciente permanece intacto. Em geral, é possível reduzir cerca de dois centímetros, dependendo da condição de cada pessoa. Após o procedimento, o tempo de internação é de 12 horas, e os pontos são retirados entre 7 e 15 dias.
Cuidados essenciais
A recuperação costuma ser, em média, de 2 semanas e não oferece muitas dores ou inchaços às pessoas. É aconselhável que, durante esse período, o paciente descanse e evite pegar pesos antes de retomar suas atividades habituais.
Entre os possíveis riscos associados ao procedimento estão a queda temporária de cabelo, infecções, sangramentos, inflamação, problemas na cicatrização da incisão e dormência na área operada.
+Leia também: Entre a beleza e o perigo: os riscos dos procedimentos estéticos
No pós-operatório, uma dieta saudável e equilibrada é frequentemente recomendada pelos médicos para ajudar a prevenir inflamações. Além disso, o uso de uma faixa na área do couro cabeludo pode ser sugerido para reduzir o inchaço, e medicamentos específicos podem ser prescritos para aliviar a dor que pode ocorrer após a cirurgia.
Os analgésicos mais comuns na recuperação incluem o paracetamol e o ibuprofeno. Em situações de dor mais intensa, médicos podem prescrever opioides, mas é necessário cuidado e uso por tempo limitado, sempre sob a devida orientação.
Existe risco de paralisia facial?
É comum surgirem questionamentos sobre a possibilidade de paralisia facial e mudanças em outras estruturas do rosto. Para esclarecer, os nervos motores faciais não estão presentes na área operada, eliminando assim o risco da paralisia. Além disso, o procedimento não causa alterações na posição dos olhos ou no formato dos lábios.
Tenha cuidado! Procure um especialista que seja bem recomendado antes de realizar a cirurgia.
Compartilhe essa matéria via: