Glicerina é um nome dado a um composto de glicerol que tenha, pelo menos, 95% de pureza. Não à toa, a origem do nome das substâncias é a mesma: ambas derivam do termo grego glykós, que significa “doce”. Com origem vegetal, animal ou fóssil, o glicerol é amplamente usado por diversas indústrias.
O tipo de glicerina muda conforme o local em que ela é extraída, do mesmo jeito que a função. Para evitar confusão, separamos aqui uma série de informações sobre como e quando essa substância versátil deve ser utilizada.
Quais são os principais usos da glicerina?
Considerada um composto orgânico líquido, sem cor, viscoso e com sabor adocicado, o glicerol está presente em óleos e gorduras animais ou vegetais, mas também pode ser produzido através do petróleo.
Essa variação da substância é um subproduto do biodiesel, sendo conhecida como glicerina pura. Em geral, é utilizada na construção civil, destilação, em defensivos agrícolas ou na alimentação pecuária.
A glicerina bidestilada é consumida de forma mais direta, já que é extraída a partir de plantas e, principalmente, de gordura animal. Presente na indústria alimentícia, farmacêutica, têxtil e cosmética, o glicerol empresta seus princípios umectantes, lubrificantes e emolientes em todos esses casos.
Veja aqui aplicação da glicerina em diversos setores:
Alimentício
O composto é incolor, viscoso e hidrófilo (tende a se dissolver em água), ou seja, é um coringa na produção de balas, sorvetes, refrigerantes e até mesmo ração animal.
Têxtil
O efeito lubrificante e umectante combinados auxiliam no processo de flexibilização e amaciamento das fibras dos tecidos.
Farmacêutica
Com a devida orientação médica, clisters (êmbolos com líquido dentro) ou supositórios de glicerina podem ser utilizados no combate a prisão de ventre, já que a substância absorve os líquidos do intestino e umidifica as fezes.
A mesma propriedade também é utilizada em lavagens intestinais ou para realização de exames no reto, já que ela gera um efeito lubrificante.
Além de ajudar contra a constipação, a glicerina dá textura a alguns medicamentos líquidos. Ela também é utilizada em cápsulas devido a propriedade umectante, que faz com que a umidade seja absorvida por ela, evitando que a função dos medicamentos seja perdida.
Cosmético
Por não ter cheiro e nem cor, o glicerol é utilizado em diversos produtos de autocuidado, como batons, hidratantes, maquiagens, pós-barbas, etc. O sabão de glicerina também é muito conhecido, associado à propriedade hidratante do produto.
No cabelo e na pele, os efeitos acontecem de forma semelhante: a umidade natural do local é combinada com a glicerina e retida ali, enquanto o efeito emoliente cria uma capa protetora na pele ou cabelo. Essa combinação de fatores, em ambos casos, contribui para a hidratação.
Receitas caseiras com glicerina
Mesmo que esteja presente em muitas “receitas caseiras”, a glicerina jamais deve ser aplicada de forma direta em qualquer superfície, podendo causar ressecamento e desidratação, que é o efeito contrário do esperado.
Consulte um dermatologista para garantir a segurança do uso tópico no seu caso, assim como a proporção da diluição do produto.
Quais são as contraindicações para o uso de glicerina?
Além de evitar a aplicação direta nas superfícies da pele dos cabelos, a glicerina com fins cosméticos também deve ser evitada por grávidas, puérperas e pessoas com a saúde debilitada somente com prescrição médica.
O uso laxativo deve ser evitado em pacientes com colite, hemorroidas, fístula anal ou que estejam se recuperando de algum cirurgia na área do reto.
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