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Histoplasmose: doença causada por fungo pode matar sem tratamento

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A histoplasmose é uma infecção fúngica mais comum entre agricultores, jardineiros e outras pessoas que trabalham no campo, na construção civil ou no manejo de aves. Isso porque a doença é transmitida por esporos de um fungo presente em excrementos de morcegos e aves – como pombos –, no solo e em árvores.

Pequenas partículas do fungo Histoplasma capsulatum, quando inaladas, são absorvidas pelas vias aéreas e se instalam nos alvéolos pulmonares. De lá, causam uma infecção sistêmica que é assintomática em muitos casos, mas, em outros, pode evoluir rapidamente e levar à morte.

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O fungo costuma estar em solos úmidos, ricos em nitrogênio, e é mais comum no clima temperado ou tropical. Animais como cães, gatos, cavalos, bovinos, suínos, roedores e marsupiais podem se infectar, mas não transmitem a doença diretamente aos seres humanos.

A doença também não é contagiosa de pessoa para pessoa. Ter sido infectado não confere imunidade frente a novas contaminações.

Saiba quais são os sintomas da histoplasmose

Os sintomas variam de acordo com a imunidade do indivíduo e a cepa de fungos inalada. Quando não é assintomática, a doença tem as seguintes manifestações:

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  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Tosse seca e dificuldade para respirar;
  • Dor no peito;
  • Dificuldade e dor ao engolir;
  • Calafrios;
  • Fraqueza;
  • Perda de peso.

Como os sintomas são muito similares aos de outras doenças, o diagnóstico é feito por meio de análise do histórico clínico, da incidência da doença na região, e de exames laboratoriais e radiológicos.

O que é histoplasmose pulmonar?

A histoplasmose pode ser classificada como assintomática, pulmonar ou disseminada. Já falamos sobre a doença assintomática, quando não há manifestações clínicas.

O tipo pulmonar ocorre, geralmente, em pessoas com sistemas imunes saudáveis. Nesse caso, o fungo causa sintomas moderados e leva à infecção pulmonar ou pneumonia.

Já a histoplasmose disseminada é um caso grave, que costuma ocorrer em crianças e pessoas imunocomprometidas. A doença pode se espalhar pelo corpo, atingindo o sistema nervoso central, a pele, as glândulas supra-renais, o fígado e a boca, e causando até meningite.

Em casos disseminados, a doença pode levar a complicações como sangramento gastrointestinal e insuficiência da medula óssea, bem como inchaço no baço e fígado. O dano aos pulmões pode evoluir para edema pulmonar e podem ocorrer problemas cardiovasculares como a pericardite. É uma condição perigosa que, se não tratada, pode levar à morte.

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Há ainda um tipo crônico da doença, que pode ocorrer em pessoas com problemas pulmonares pré-existentes – como enfisema, doença pulmonar obstrutiva crônica e fibrose pulmonar. Os sintomas nesse caso podem ser confundidos com os de tuberculose.

Como são o tratamento e a prevenção da histoplasmose

Os casos assintomáticos e leves costumam ceder espontaneamente, sem necessidade de tratamento. No entanto, quando há sintomas, o tratamento com antifúngicos é essencial.

Para evitar a contaminação com os esporos, é importante utilizar equipamentos de proteção pessoal, como máscara e luvas, ao trabalhar com o solo ou lidar com animais cujas fezes possam carregar o fungo. Trabalhadores de limpeza ou que têm contato com animais precisam ter cuidado redobrado, já que a exposição prolongada ao fungo aumenta o risco de infecção.

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