Quando seus leucócitos estão abaixo dos níveis considerados normais, seu corpo vive um quadro de leucopenia. Identificar essa alteração é relativamente simples — os números vêm em um hemograma comum, o exame de sangue mais básico —, mas determinar as causas pode exigir uma investigação médica mais aprofundada.
Também chamados de glóbulos brancos, os leucócitos são células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções e outras doenças. Eles se subdividem em diferentes tipos, com funções diversas como combater bactérias, parasitas, produzir respostas alérgicas e até ajudar a combater alterações associadas a células cancerígenas.
Mas nem sempre esse processo funciona como se gostaria. E, quando a contagem de leucócitos despenca, é hora de ligar o alerta.
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O que causa a leucopenia?
A leucopenia pode ocorrer por diferentes motivos, cada um exigindo uma abordagem própria. Problemas de saúde, o uso de alguns medicamentos, deficiências nutricionais (como a falta de vitamina B12) ou se submeter a uma quimioterapia, por exemplo, são fatores que podem levar a uma queda no número de leucócitos.
Entre as doenças que tipicamente levam a esse problema, aparecem a leucemia, a anemia aplásica e condições autoimunes como o lúpus, além de infecções de diferentes tipos, como HIV e hepatites virais. Já quando o assunto são remédios, os principais suspeitos incluem anti-inflamatórios não esteroides, cimetidina, dipirona e uma lista é bastante extensa.
É importante observar que só a leucopenia propriamente dita não confirma o tipo de problema de saúde que está ocasionando a queda dos leucócitos. O médico deve avaliar os sintomas, o histórico de uso de medicamentos, os hábitos alimentares do paciente e solicitar novos exames laboratoriais para confirmar ou descartar suspeitas.
A leucopenia deve ser sempre investigada com urgência, já que pode ser indício de leucemia — que, como todos os tipos de câncer, tem um prognóstico melhor quanto mais cedo for iniciado o tratamento.
Quais os sintomas?
A leucopenia pode não apresentar sintomas óbvios em um primeiro momento, sendo descoberta casualmente em um exame de sangue realizado por outros motivos.
Quando ocorrem, sintomas incluem uma maior propensão a infecções, febre e outras manifestações típicas de debilidade sistêmica e imunológica, como fadiga, aftas e diarreia, entre outros problemas recorrentes.
Vale destacar que os leucócitos altos também exigem atenção — o diagnóstico desse problema oposto (a leucocitose) é similar, e muitas vezes a alteração para cima também surge em um exame feito sem suspeitas prévias.
Como tratar a leucopenia?
O tratamento da leucopenia vai depender da causa de fundo. Quando ela ocorre associada ao uso de medicamentos ou a deficiências nutricionais, alterações na dosagem dos remédios e em hábitos alimentares (por vezes, com suplementação) podem bastar para restituir os glóbulos brancos aos níveis normais.
Quando o problema aparece associado a uma doença de fundo, será preciso tratar essa condição. O tipo de abordagem específica varia conforme a doença, se ela é crônica ou aguda, e pode envolver medicamentos, transfusões de sangue ou transplante de medula óssea, conforme o caso.
Somente a equipe médica pode avaliar a melhor alternativa para cada paciente, considerando as características individuais.
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