A liberação miofascial é uma técnica terapêutica realizada a partir da aplicação de pressão em determinados pontos do corpo. Cada vez mais popular entre os esportistas, a prática não promove a liberação da fáscia em si, mas pode trazer resultados positivos.
Se feita de forma adequada e com orientação profissional, ela favorece a recuperação funcional dos músculos, o aprimoramento da mobilidade e a sensação de bem-estar.
Antes de mais nada, você sabe o que é a fáscia?
Constituída principalmente por colágeno, a fáscia é um invólucro fino de tecido conjuntivo, que envolve alguns músculos do corpo humano. Essa membrana atua como uma espécie de corda que promove força e proteção para diferentes partes do organismo.
Embora nem sempre seja lembrada, ela é responsável por manter no lugar todos os órgãos, vasos sanguíneos, ossos e fibras nervosas. Quando se trata dos músculos, essa estrutura ainda previne o atrito e coordena os seus movimentos.
E o que é a liberação miofascial?
A liberação miofascial, por sua vez, é uma técnica que tem ganhado popularidade, especialmente, entre os atletas. Trata-se de uma massagem com manobras lentas e contínuas, que aplicam pressão sobre determinados pontos do corpo.
Ela pode ser realizada com rolos de espuma, bastões, bolinhas de tênis e, quando administrada por um profissional capacitado, até com as mãos. Além de provocar uma sensação de bem-estar, a prática leva à redução momentânea da dor e pode ampliar os movimentos das articulações.
Mas, a liberação miofascial realmente funciona?
Contrariando o seu próprio nome, a liberação miofascial não “libera” a fáscia, que é rígida demais para ser deformada com facilidade. Na perna, por exemplo, é preciso aplicar uma força equivalente a 900kg para causar uma pequena deformação na membrana.
Entretanto, isso não significa que a técnica não traz benefícios. A massagem pode sim ser uma aliada para reduzir a dor muscular e otimizar a recuperação pós-treino. Como consequência, ela ainda costuma aprimorar a mobilidade, a flexibilidade e a força, prevenindo lesões.
Cuidados na hora de realizar a liberação miofascial
Embora essa terapia possa trazer diversos benefícios, ela não é indicada para todos os públicos. Gestantes, usuários de medicamentos anticoagulantes e pessoas com problemas circulatórios, hipersensibilidade vascular ou lesões musculares devem consultar um profissional de saúde antes de iniciar a massagem.
Para quem não se encaixa em nenhum desses grupos, a dica é realizar a técnica com a orientação de um fisioterapeuta ou educador físico. Além disso, é preciso prestar atenção em um ponto importante: a força.
A máxima de “quanto mais dor, melhor” não se aplica à liberação miofascial. Pelo contrário, o excesso de pressão durante a massagem pode ser prejudicial. Por isso, é importante não se submeter à prática com profissionais sem a formação adequada.
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