Típica do Sudeste Asiático, a fruta chamada de mangostin – ou ainda mangostim ou mangostão – foi disseminada pelo mundo no último século e ganhou fama por seu sabor. Chegou a ser conhecida como “rainha das frutas” de tanto que agradou a Rainha Vitória, da Inglaterra.
O mangostin é uma fruta rara e, por isso, é comum que seja vendida a valores altos. A árvore só prospera em regiões tropicais. No Brasil, é cultivada no Pará, na Bahia e no Espírito Santo e a colheita é feita em março e agosto.
Eleita a melhor fruta do mundo pelo site TasteAtlas, o mangostin tem uma polpa esbranquiçada coberta pela casca roxa escura. A polpa é adocicada e levemente ácida.
Benefícios do mangostin à saúde
Em partes da Ásia, o mangostin é um dos alimentos que integram a cultura da medicina tradicional. O fruto tem vários usos, que às vezes extrapolam a saúde – por exemplo, a casca contém uma resina usada para fabricar tintas e tingir couro, e a própria árvore é utilizada para fabricar móveis.
No lado da medicina, o invólucro da fruta contém tanino, substância que pode ser empregada pela indústria farmacêutica para tratar casos de diarreia e disenteria crônica.
O mangostin também é fonte de vitaminas do complexo B e C, ferro, magnésio, fósforo, potássio, zinco, cobre e manganês. A fruta ainda contém proteínas e fibras.
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Outra substância na casca que chama atenção são os xantomas: antioxidantes, podem ser usados para fabricar medicamentos. Os antioxidantes são conhecidos por retardar o envelhecimento e auxiliar no combate de doenças.
O mangostin pode combater o câncer?
Devido ao potencial antioxidante, o mangostin ficou também conhecido por sua potencial ação no combate ao câncer. Ainda não há estudos numerosos confirmando esse benefício, mas em 2022, um artigo da revista Nature demonstrou como os compostos bioativos da fruta agem contra a migração de células cancerígenas no fígado.
Os xantomas da casca são capazes de combater o carcinoma hepatocelular e prevenir a migração das células. Alguns tipos de xantoma foram mais efetivos, e uma investigação científica maior é necessária para entender os mecanismos de ação desses compostos. Não quer dizer que comer a fruta em si vá garantir essas vantagens, mas ela pode vir a ser fonte de substâncias usadas em novos tratamentos.
Como incluir o mangostin na dieta
O mangostin pode ser consumido in natura, na forma enlatada e também seca. Como é uma fruta rara, a dica é acompanhar o período de safra: no Brasil, a colheita costuma ocorrer em março e em agosto.
O mangostin pode servir de ingrediente para sobremesas, batidas e sorvetes.
Na hora de consumir, a dica é ter cuidado ao cortar a fruta. A casca contém uma resina com sabor adstringente, e pode prejudicar o sabor adocicado dos gomos se não for bem removida.
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