Todos os anos, cerca de 1,5 milhão de brasileiros descobrem que sofrem do tipo mais comum de arritmia cardíaca, a fibrilação atrial. A doença começa sem dar sinais, mas logo gera batimentos acelerados, solavancos e dores no peito.
“Se ignorada, pode provocar complicações como insuficiência cardíaca, infarto e AVC”, alerta José Tarcísio Vasconcelos, cardiologista da Beneficência Portuguesa (BP) de São Paulo. O médico foi um dos primeiros do país a utilizar um novo equipamento para o tratamento da condição.
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Chamado Farapulse, o aparelho desenvolvido pela Boston Scientific destrói as células que causam a arritmia por meio de pulsos elétricos.
O procedimento se inicia com a introdução de um cateter por uma veia na perna do paciente, que é conduzido até o átrio esquerdo do coração.
Lá, o dispositivo forma campos elétricos que inutilizam as células defeituosas. Considerada segura, a técnica é rápida e oferece menor risco de eventos adversos.
O método diminui a chance de ocorrer lesão no esôfago, em artérias e nervos, algo mais comum com as técnicas habituais, com uso de temperaturas extremas.
Na cola dos batimentos
As novas tecnologias estão presentes em todas as etapas da jornada do paciente com fibrilação atrial. Visando um diagnóstico mais assertivo, a empresa americana Quoretech lançou no Brasil um dispositivo sem fio que monitora batimentos cardíacos por até uma semana.
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Trata-se do QuoreOne, um aparelho que gera até 600 registros do coração por segundo. Os sinais são captados por eletrodos colados no tórax e transmitidos para um aplicativo.
Os dados são avaliados por algoritmos, que elaboram uma prévia do laudo, depois analisado e liberado por um especialista. O equipamento poderá ser uma alternativa ao incômodo holter.
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