A chicória é uma hortaliça verde-escura. Como as outras verduras dessa categoria, acrescenta boas doses de ferro, fósforo e cálcio, além de vitaminas A e C, às refeições. De origem europeia, tem sabor amargo, como a rúcula, e é muito apreciada em saladas. Mas ela tem um segredo que suas companheiras de cor não tem: a inulina (não confundir com insulina).
A inulina é uma fibra com alto teor de frutose de baixo teor calórico, por isso é testada como um substituto do açúcar ou gordura, e tem potencial de regulação da flora intestinal.
O segredo é a capacidade probiótica da substância, que estimula a ação das boas bactérias no intestino e pode, em tese, reduzir desconfortos como constipação, azia, refluxo e indigestão.
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Xarope e pó de chicória funcionam?
Devido aos potenciais benefícios associados à planta, um dos produtos disponíveis em drogarias e farmácias de manipulação é o xarope de chicória. No entanto, não existem estudos atestando tais efeitos, que podem não passar de um placebo.
Quando aliada ao funcho, a chicória também era usada no famoso pó de funchicórea, usado para tratar gases de bebês menores de seis meses. Mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cassou, em 2012, o registro do fitoterápico após uma longa disputa que começou na justiça.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o produto tinha mesmo uma ação relaxante que aliviava as cólicas dos bebês. Mas havia um risco de causar paradas cardiorrespiratórias nas crianças devido ao efeito sedativo. Nenhum fitoterápico é isento de riscos.
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Como consumir a chicória
Quando crua, o amargor das folhas da chicória se sobressai. Após o cozimento, contudo, esse sabor acentuado diminui. Nos ensopados, ela pode substituir a couve. Pode ser usada também misturada ao arroz, grão de bico, sopas, lentilha, como recheio de bolinhos salgados e tortas.
Sua raiz, quando seca, moída e tostada, é usada como substituta para o café, mais conhecida como café de guerra. É muito consumida nos Estados Unidos, que pegou o hábito desde as interrupções do fornecimento do verdadeiro café no período de guerras.
Um dos locais que mais apreciam esse café alternativo é Nova Orleans, na Louisiana. Na França, é chamado de “chicorée”. No Brasil, o café de guerra pode ser importado, ou preparado em casa.
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