Sabe quando você passa o dia bebendo água, mas parece que seu corpo se esquece de uma das suas funções mais básicas? A sensação de fazer pouco xixi tem nome: oligúria, e entendê-la pode revelar muito sobre o estado de saúde do seu organismo.
Nessa situação, há uma queda na quantidade de urina produzida ao longo do dia, que é “menor do que 0,5 ml por quilo, por hora, e por pelo menos 6 horas” explica o nefrologista Carlos Eiji Koga, de São Paulo.
Na prática, isso quer dizer, por exemplo, que, se uma pessoa pesa 70 quilos, ela deveria estar produzindo pelo menos 35 ml de urina por hora. Se a produção for menor do que isso durante um período de seis horas ou mais, pode-se estar diante de um quadro de oligúria.
Atenção aos sinais da oligúria
Claro que você não vai ao banheiro com um copo medidor para saber quantos mililitros de urina está produzindo. A maneira viável de monitorar a situação é entender os sinais do corpo. Além da baixa produção de urina, há outros sintomas que podem aparecer, como alterações no ritmo do coração, enjoos e sensação de tontura.
Quais são as causas da oligúria?
Elas são variadas:
Quando essas causas não são tratadas, o paciente pode sofrer complicações ainda mais graves.
+Leia também: Quantas vezes devemos fazer xixi ao longo do dia?
Tratamento da oligúria
Para fazer um diagnóstico e começar um tratamento assertivo, são realizados diversos exames clínicos como a análise da urina, exame de sangue, além de outros testes laboratoriais e exames de imagem, conforme a suspeita do médico. Também costuma ser solicitado um exame de creatinina sérica.
“O teste de creatinina é simples, barato, acessível no SUS, e através disso, a gente consegue saber a função renal. Então, aliado a um exame de imagem, mais a creatinina sérica e um exame de urina, podemos fazer uma hipótese diagnóstica”, enfatiza Koga.
O melhor curso de tratamento é definido conforme a causa de fundo. Em outros alguns casos, é necessário que o paciente receba soro na veia para repor a hidratação do corpo, em outros, a diálise pode ser a solução temporária até que o organismo volte a funcionar normalmente (o que, dependendo da gravidade do quadro, pode exigir cirurgias ou transplantes), além da utilização de antibióticos se houver um quadro de infecção.
Como prevenir a oligúria
Sem o tratamento correto, a oligúria pode abrir portas para problemas mais sérios, como o acúmulo de substâncias tóxicas no organismo e desequilíbrios nos eletrólitos. Para evitar esse cenário, vale manter o corpo bem hidratado, moderar o consumo de substâncias que exigem muito dos rins, como álcool e cafeína, e manter uma dieta equilibrada e saudável.
Se você tiver histórico de problemas renais e urinários, gerenciá-los adequadamente seguindo o tratamento preconizado pelos médicos é a maneira de evitar que a oligúria apareça. Na dúvida, consultar um especialista é o passo mais seguro.
Compartilhe essa matéria via: