Todo mundo já percebeu que, de uns anos pra cá, produtos da cesta básica, como arroz e feijão, vêm ficando mais caros.
Mas é chocante reparar que o aumento é proporcionalmente superior ao de elementos nocivos à saúde, caso do cigarro e das bebidas alcoólicas.
O alerta vem de um levantamento conduzido pelo economista Valter Palmieri Júnior, com o apoio da ACT Promoção da Saúde.
“Não é preciso ser fumante para se prejudicar pela indústria do cigarro: além do fumo passivo, há um malefício enorme para a saúde pública, sobrecarregada com mais custos para o SUS, que é financiado por nossos impostos”, analisa Palmieri.
O especialista afirma que a tributação atual do cigarro não paga a conta dos problemas que ele causa, e, quando se vê que a inflação atinge ainda mais os alimentos, percebe-se um erro nas alíquotas dos impostos.
“É preciso tributá-lo em mais de 80% e ter imposto zero para alimentos essenciais”, defende o economista. A expectativa é que a reforma tributária, atualmente em tributação, ajude a corrigir estas distorções.
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