Cada vez mais homens vêm usando medicamentos contra a disfunção erétil, como o viagra (sildenafil) e a tadalafila, sem ter uma indicação médica para isso.
Nunca foi tão fácil: com opções variadas em diferentes dosagens, esses fármacos sem venda controlada são bombardeados em anúncios nas redes sociais e encontrados sob os mais variados nomes comerciais.
O princípio não muda: promover uma vasodilatação que garante uma ereção mais longa e, supostamente, mais “impressionante”.
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Quais os riscos à saúde do uso indevido?
Sem indicação médica, esses produtos podem aumentar o risco de ter problemas cardiovasculares. Uma das maiores preocupações é a interação com outros medicamentos, como aqueles à base de nitrato — como estes fármacos também são vasodilatadores, pode ocorrer um efeito muito maior do que o desejado.
Muitas pessoas também fazem uso desses fármacos para contrabalançar o efeito do uso de álcool e de drogas, o que, em alguns casos, é outra situação capaz de potencializar os riscos do medicamento.
Mesmo quando remédios contra disfunção erétil são receitados por um médico, a chance de efeitos colaterais como dores de cabeça e tontura existem para qualquer pessoa. Esses problemas, é claro, podem ser muito exacerbados quando se faz o uso recreativo e descontrolado da “tadala” ou outros remédios similares.
Outro problema recorrente é o chamado priapismo, que ocorre quando uma ereção se prolonga por horas, de maneira dolorosa e capaz de provocar danos ao pênis.
Impacto psicológico não deve ser desprezado
O costume de usar medicamentos contra a disfunção erétil também pode gerar uma situação de “dependência” em relação ao fármaco: um bloqueio psicológico relacionado à sensação de que a ereção é inalcançável sem recorrer ao comprimido milagroso.
Nessas situações, pode inclusive ocorrer uma situação paradoxal, em que um homem que não tinha problemas de ereção passa a vivenciá-los justamente por ter utilizado o remédio sem precisar.
Se você é capaz de se estimular sexualmente sem recorrer a produtos como o viagra e a tadalafila, é improvável que exista a necessidade de utilizá-los.
Caso, mesmo assim, você sinta que tem algo a ganhar com esses remédios, busque sempre orientação médica antes de adquiri-los. Só um profissional especializado é capaz de avaliar seu caso e a melhor indicação para cada indivíduo.
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