É bem provável que o nome desse incômodo não signifique muita coisa para você que está lendo: afinal, queilite angular ou comissurite não são exatamente termos corriqueiros no nosso dia a dia.
Vamos tentar de outra forma: sabe aquela feridinha dolorosa que se forma nos cantos da boca, difícil de sarar e que em alguns lugares é conhecida como boqueira? É dela que estamos falando.
Esse desconforto, muito mais comum do que o nome que os médicos usam para defini-lo, pode ocorrer por diversas causas. Geralmente, a lesão sara sozinha depois de um tempo, mas pode se prolongar por vários dias ou semanas, afetando situações tão básicas quanto a própria alimentação.
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Afinal, por que a queilite angular ocorre?
Motivos não faltam para desenvolver essas feridas. O simples ressecamento da boca, comum em dias mais frios, já pode levar a fissuras nos lábios. Traumas ao redor da boca, acúmulo de saliva, o hábito de fumar e até a falta de determinadas vitaminas também podem aumentar as chances de um quadro de queilite angular.
A comissurite (outro nome do problema) também pode ocorrer como consequência de alergias ou uma higiene bucal deficiente. E há os casos mais preocupantes e persistentes: quando essas feridas são causadas por infecções fúngicas ou bacterianas. Em geral, a infecção está associada ao próprio acúmulo de saliva, que cria um cenário favorável à proliferação dos microrganismos.
Os sintomas típicos, além da própria dor, incluem ressecamento labial, inchaço, vermelhidão, rachaduras e fissuras, sobretudo nos cantos da boca.
Qual o tratamento para a queilite angular?
Muitas vezes, a queilite angular sara sozinha após algum tempo. Pode não ser necessário realizar um tratamento específico, mas manter a hidratação dos lábios em dia ajuda a passar por esse período sentindo o mínimo possível de dores.
O uso de medicamentos pode ser necessário quando a ferida demora muito mais que o normal para cicatrizar, um indício de uma infecção persistente. Nesses casos, é recomendado consultar um dermatologista ou dentista, para entender o micróbio responsável pela encrenca – bactérias como o Staphylococcus aureus e fungos como a Candida albicans são os casos mais comuns.
Se uma infecção for confirmada, antibióticos e antifúngicos de uso tópico podem ser empregados. Nesses casos, também é recomendado evitar compartilhar objetos de uso pessoal que sejam levados à boca, para evitar transmitir o microrganismo a outras pessoas.
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