O nome é complicado e o problema é raro, mas é bom estar familiarizado com ele porque pode até levar à morte: a rabdomiólise está relacionada à deterioração e ao rompimento do tecido muscular esquelético.
Isso resulta no vazamento de componentes tóxicos para o sistema circulatório e traz risco de danos renais.
Causada por lesões, traumas, esforços excessivos e medicamentos, essa síndrome tem como principais sintomas dores musculares, fraqueza e alterações na cor da urina. Se não for tratada adequadamente, ela pode ser fatal.
O que acontece com os músculos durante a rabdomiólise?
A rabdomiólise leva à ruptura e deterioração dos músculos, provocando o vazamento de seus componentes para o sistema circulatório. Isso promove um aumento de potássio, fosfato, mioglobina, creatina quinase e urato no sangue.
Os rins, por sua vez, são os responsáveis por remover esses resíduos do tecido sanguíneo. No entanto, o excesso de componentes musculares pode danificá-los e inibir as suas funções. Uma das consequências disso é a insuficiência renal, que pode ser uma condição fatal.
O que causa a rabdomiólise?
De modo geral, a condição é causada por qualquer forma de dano muscular. Lesões diretas ou perda excessiva de sangue, portanto, são as principais responsáveis.
Esmagamentos, queimaduras graves, choques elétricos, convulsões e síndrome compartimental contribuem para isso. Contudo, existem outros agravantes, como:
- Exercícios de alta intensidade;
- Desidratação grave e superaquecimento;
- Uso de medicamentos, principalmente, aqueles que contenham estatina;
- Uso de drogas psicoativas;
- Longos períodos de imobilidade;
- Doenças genéticas, autoimunes ou endócrinas.
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Quais são os sintomas?
Os sintomas clássicos da doença são dores musculares, fraqueza e alterações na cor da urina, que assume tons avermelhados, amarronzados ou fica quase preta. As manifestações iniciais costumam surgir de um a três dias após a lesão. No entanto, podem variar de intensidade e, muitas vezes, acabam passando despercebidas.
As dores tendem a afetar principalmente os ombros, as coxas, a região lombar e as panturrilhas. Algumas pessoas também desenvolvem desidratação, diminuição da micção, náuseas e perda de consciência.
Vale reforçar que a condição ainda pode desencadear complicações potencialmente fatais, como:
- Insuficiência renal;
- Distúrbios eletrolíticos;
- Síndrome compartimental;
- Acidose metabólica;
- Coagulação intravascular disseminada.
Como tratar a rabdomiólise?
Ao identificar algum dos sintomas da doença, deve-se procurar atendimento médico. Como as dores musculares podem parecer “normais” após uma atividade extenuante, muitas vezes o grande sinal de alerta é a urina de cor diferente. Em caso de qualquer alteração, procure um serviço de saúde imediatamente.
Além de realizar um exame clínico, o profissional poderá solicitar um teste de urina e uma coleta de sangue para verificar a presença de componentes musculares.
Após o diagnóstico, a doença pode ser tratada por meio de terapias de suporte, que incluem a introdução de fluidos e eletrólitos por via intravenosa para eliminar as toxinas e prevenir lesões renais. Após um período inicial de descanso, ainda pode ser indicada fisioterapia para fortalecer os músculos.
O tratamento das causas e consequências também faz parte do processo. A síndrome compartimental, por exemplo, exige um procedimento cirúrgico chamado fasciotomia para aliviar a pressão do músculo. Já para os danos renais agudos, pode ser necessário realizar uma hemodiálise.
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